Em 3 de maio de 2015, quando o Cobreloa defrontou o Ñublense na qualidade de visitante, naquele que seria o seu último jogo na Primeira Divisão (até à data), Marco Antonio Figueroa, então DT loíno, protagonizou uma ação insólita: depois de ser expulso, pegou num microfone ambiente da transmissão oficial e gritou: “Kiblisky, és um rato!”.
O “Fantasma” visava Patricio Kiblisky, então controlador do Ñublense e que, no relatório “El cartel del gol” do Informe Especial, aparecia como um dos principais colaboradores de Sergio Jadue em questões de suborno e também como um alegado parceiro de Victoriano Cerda na aquisição de acções do Azul Azul.
E logo após a transmissão do relatório acima mencionado, Figueroa recordou aquele episódio no estádio Nelson Oyarzún Arenas, quando o histórico rebaixamento do Cobreloa foi sentenciado.
“São questões do passado. Quando tive de o dizer, disse-o. Agora, como se diz no Chile, nem sequer estou lá. Deixemos que aqueles que têm de tratar do assunto tratem do assunto. Na altura, eu era um batoteiro, um mentiroso, contra tudo e todos. Mas tenho a consciência muito tranquila”, disse o atual técnico da Nicarágua em conversa com o RedGol.
“Gosto de trabalhar com calma, deixar os jogadores falarem e deixar que os resultados falem pelo trabalho de cada um. E isso foi demonstrado pelo meu trabalho na Nicarágua. Estou lá há muito tempo”, acrescentou.
Quanto ao que foi revelado pelo Informe Especial, Figueroa mostrou seu otimismo pensando em um futuro melhor para a atividade do futebol nacional.
“Se as coisas vão se abrir, que seja para o bem do futebol chileno e não para o bem de Marco Antonio Figueroa. Para o bem da seleção nacional, das equipas e do futebol. Isso far-nos-ia muito bem”, afirmou.