A “tripla” consiste na conquista, por uma equipa, do campeonato nacional, da principal taça nacional e da principal competição continental na mesma época. Na Europa, este objectivo já podia ser alcançado na época de 1955-56, quando se começou a disputar a Taça dos Campeões, actualmente conhecida como Liga dos Campeões.
O Manchester City, que enfrenta o Inter de Milão amanhã em Istambul, na Turquia, tem como objectivo esta “tríplice coroa”. Depois de vencer a Premier League e a FA Cup, a equipa inglesa procura um feito que o seu treinador, Josep Guardiola, e os seus adversários de sábado já ostentam no seu armário de troféus.
Até ao momento, apenas sete clubes, dois deles por duas vezes, conseguiram esta distinção, que combina a consistência na competição da liga com a capacidade de vencer os confrontos directos da taça. Não é para toda a gente, como o histórico deixa claro.
A primeira equipa a conseguir esta honra foi o Celtic, em 1967, que não só conquistou os três títulos acima referidos, como também a Taça da Liga Escocesa, formando um “quarteto”. Depois foi a vez dos holandeses, o Ajax em 1972 e o PSV em 1988.
Seguindo a tendência de um triplo campeão por década no século passado, o Manchester United de Alex Ferguson juntou-se à lista em 1999. Os Citizens, os seus arqui-rivais da cidade, tentarão ser a segunda equipa inglesa nesta lista selecta.
Depois, houve consecutivas consagrações, precisamente com os intervenientes na final de sábado. O Barcelona de Pep ganhou um “sextete” em 2009, somando as Supertaças de Espanha e da Europa e o Mundial de Clubes, enquanto José Mourinho, ao leme da equipa do Inter, imitou o seu némesis catalão em 2010, sendo o único clube italiano na lista.
Seguiram-se o Bayern de Munique em duas ocasiões, em 2013 e 2020, com Jupp Heynckes e Hans-Dieter Flick – este último com o “sextete” incluído -, respectivamente, e o “Barça” de Luis Enrique, em 2015. Guardiola seria o único treinador a repetir o feito.