Ben Brereton e o jogador chileno que o descobriu: “Ele estava a dizer ‘obrigado por tudo'”.

Eram cinco horas da manhã de 15 de novembro de 2020 e o jogador chileno Álvaro Pérez jogava “Football Manager” quando descobriu um facto que se tornaria um marco na história do futebol chileno: descobriu Ben Brereton.

Sim, a meio do jogo descobriu que o avançado, que na altura já jogava no Blackburn Rovers, era chileno, embora sem grande sucesso ou conhecimento público. Com este historial, criou a campanha #BreretonALaRoja, com o apoio de outros colegas do mundo dos jogos.

“Mark Hitchen, um inglês que é o investigador ou olheiro do Blackburn Rovers no jogo, viu uma entrevista de Ben de 2018 em que ele disse que sua mãe era chilena e optou por inserir essa informação chave no registo de dados do jogo. E foi isso que acabei de ver nessa noite”, explicou Perez numa entrevista ao LUN.

No mesmo meio de comunicação, este professor de inglês, que tem agora 24 anos, falou do encontro que teve com “Big Ben”, a meio da viagem pela Quinta Região do atacante da equipa Red, que faz parte das gravações de “Breretour”.

“O meu primeiro contacto com o Ben foi em cima da carrinha de produção e isso foi muito emotivo para mim, significou muito porque sinto que foi uma bela história que foi gerada a partir de um evento fortuito que mudou a vida de um bom rapaz. Cumprimentámo-nos. Ele disse “muito obrigado”, “obrigado por tudo” e bem, os pormenores veremos mais tarde, mas o que interessa é que conheci uma pessoa empática, humilde e com uma disposição incrível. Além disso, está sempre a sorrir, projecta uma boa vibração permanente”, disse o homem que é conhecido como @ChileanToon

no Twitter.

Da mesma forma, Álvaro Pérez disse que Ben estava ciente da história com o Football Manager. “Claro, ele foi super claro sobre isso. Mostrei-lhe as mensagens do Instagram quando o assunto surgiu e ele até se desculpou porque não as tinha visto. Disse que tinha recebido imensas mensagens e que não as tinha visto. Super humilde. E nada, disse-lhe que tinha sido uma honra para mim e que o admirava”.

“E a verdade é que eu ia calmamente na carrinha quando, a certa altura, a mãe do Ben lhe disse que eu era o rapaz do jogo e foi aí que o pude cumprimentar. Ela também foi muito carinhosa e feliz com tudo o que o filho estava a passar. E o Ben, o que posso dizer, era tão fixe. Não vos minto, passou três horas a dar autógrafos, a tirar fotografias, uma disposição incrível e sempre com um sorriso”, acrescentou o professor que vive atualmente na comuna de Cabildo, na Quinta Região, e que está a pensar seriamente em entrar no mundo dos olheiros de futebol.