Gabriel “Coca” Mendoza, histórico do Colo Colo, expressou uma dura opinião sobre o difícil momento que o “Cacique” atravessa, após a eliminação na Copa Libertadores.
Na opinião do campeão da Libertadores de 1991, o Colo Colo perdeu sua essência e o grande responsável por isso é o técnico Gustavo Quinteros.
“A essência foi perdida, porque, antes, se você não podia, você colocava a outra coisa, e você não vê isso neste Colo Colo Colo. Esta equipa é muito passiva. Não vai para a frente. Jogam na retaguarda e isso está a piorar. Todos nós vemos isso e já chega. A responsabilidade é do Quinteros. Fala-se de eficácia. Se trouxeste dois avançados, goleadores, e eles jogaram menos do que o miúdo”, disse “Coca” no La Tercera.
“De todos os reforços por que lutou, nenhum foi útil. E eu posso nomeá-los, porque os conheço a todos. O único que funcionou foi (Alan) Saldivia, que veio para as equipas jovens para experimentar e joga como uma emergência. De todos os outros, nenhum deu certo. Isso é responsabilidade do treinador.
Quanto ao que se segue para a equipa albo, Mendoza foi pessimista. “Tenho certeza de que com os brasileiros não vamos passar e tem que haver uma avaliação. Não se pode levar mais do que isso. A cabeça é o treinador. Isto não funcionou e temos de começar a olhar para outras coisas. E, a nível local, também acho que nos vai custar. A essência está a perder-se e é isso que não podemos tolerar. Como é que um jogador que vê um estádio cheio pode não estar motivado, não ter a noção de que temos de colocar tudo na baliza do adversário. Isso é o Colo Colo e temos de voltar a isso”, afirmou.
Ao apresentar uma proposta para sair deste mau momento, Gabriel Mendoza disse que a direção deve chamar diferentes históricos para colaborar com a primeira equipa. Ao mesmo tempo, acusou que isso não está a acontecer por uma questão de “inveja”.
“É preciso ter uma ligação com Morón e deixá-lo trabalhar com calma. Chamar Paredes, Caszely, Neira para ajudar com os avançados. Ou Barti para trabalhar com os laterais. Se não me quiserem chamar, chamem o Fierro. Quantas equipas e selecções não fazem o mesmo. E aqui não o fazem por inveja, por causa dos representantes. Deixem-nos ir três vezes por semana. Que paguem a gasolina e pronto, porque não são pessoas que queiram cobrar ao Colo Colo Colo. Há o Chico Perez também, quanto é que custa? E, no final, trata-se de acrescentar, acrescentar. Para continuar a engrandecer o clube”, disse.