No meio de tantos comentários sobre o golo anulado de La Calera contra o Colo Colo e a atuação, nessa situação, do guarda-redes albo Fernando de PaulMarcelo Pablo Barticciotto surpreendeu ao compartilhar uma anedota marcante.
“Barti lembrou que enfrentou uma situação semelhante como treinador, mas, ao contrário do que aconteceu com Tuto contra o Cementeros, seu técnico optou por agir com total honestidade em campo.
“Eu tenho uma experiência. Fernando Solís, um lateral que jogou como varredor comigo na U de Concepción, num jogo contra a Católica em San Carlos. O árbitro perguntou-lhe se lhe tinha batido na mão dentro da área, e ele disse que sim. Obviamente, foi penalty. Apeteceu-me matá-lo (risos), porque vinha de uma escola diferente, mas depois compreendi”, conta o ídolo do Colo Colo em ESPN.
Depois disso, Barticciotto deu detalhes de seu diálogo com Solís. “Ele disse-me ‘professor, eu disse a verdade, a bola bateu na minha mão, o árbitro perguntou-me e acabou por marcar um penalty'”, revelou.
Esta ação descrita por Barticciotto ocorreu em 2008, num jogo que a Universidad de Concepción acabou por perder por 2-0 para a UC em San Carlos de Apoquindo. O primeiro golo desse jogo foi marcado por Darío Bottinelli de grande penalidade.
Esse penálti foi o resultado de um toque de mão que Fernando Solís admitiu a Claudio Puga, que era o árbitro desse jogo. Por essa ação, o então defesa do Penquista recebeu um cartão vermelho e foi posteriormente repreendido pelo seu treinador.
A escola da vivacidade
Para além da anedota específica com Solís, Marcelo Barticciotto deixou uma reflexão sobre o assunto. “Nós vínhamos de uma escola de pensamento diferente, de brincadeira, de não dar nada aos adversários, mas acho que isso tem vindo a mudar. Vimos coisas como o que o Bielsa fez, quando disse aos jogadores para o deixarem marcar um golo”, afirmou.
“Na Europa, assistimos a casos… não são muitos em quantidade, mas houve casos em que foram limpos”, acrescentou.