“O meu cliente devia ter sido pago e não foi”: o advogado de Campos Toro conta pormenores do processo contra Felicevich

O antigo futebolista Matías Campos Toro intentou uma ação judicial contra Fernando Felicevich, que foi seu agente durante o tempo em que foi jogador profissional, acusando-o de desvio de dinheiro correspondente a pagamentos que correspondiam à sua relação contratual com o Granada, uma equipa de futebol espanhola.

A este respeito, Francisco Aguirre, advogado de Campos Toro, explicou a El Mercurio mais pormenores sobre esta queixa. “No período de 2014 a 2017, embora Matías estivesse de volta ao Chile nesses anos, jogando por empréstimo, primeiro para a Unión Española e depois para o Audax Italiano, o seu salário ainda era pago pelo Granada de Espanha. O processo explica que Felicevich e Behar chegaram a um acordo com Gino Pozzo, cuja família é proprietária de três equipas, uma das quais o clube espanhol”, disse.

Neste sentido, Aguirre afirmou que “o dinheiro que foi recebido é o produto do trabalho do jogador de futebol. Esse dinheiro foi recebido pelo agente e o seu dever era entregá-lo ao jogador e esse dinheiro não foi entregue na totalidade”.

O advogado que representa o antigo lateral-esquerdo do Audax Italiano, U e UC apontou diretamente a FF como responsável pelo dinheiro. “Ele não os entregou, o jogador pediu-os na altura, mas havia sempre uma desculpa para não os entregar”, disse.

Além disso, Aguirre comentou que “demos-lhe um prazo para os entregar e todas as facilidades, mas nada aconteceu. Este homem nem sequer nos respondeu e foi por isso que recorremos ao tribunal, o que é totalmente legítimo. Temos provas de que ele recebeu esses fundos”.

“O jogador não recebeu tudo o que o Granada lhe pagou. Houve restos de 122.000 euros (pouco mais de 110 milhões de dólares), que nunca foram entregues. A pessoa que recebeu o dinheiro tinha o dever de o entregar e não o fez”, acrescentou.

Quanto à acusação de apropriação indevida, o advogado de Matías Campos Toro argumentou que “o meu cliente devia ter sido pago e não o fez, não me cabe a mim acusar de delito fiscal. É algo que o Ministério Público terá de ver e qualificar”.

Marcia Pereira

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