“Chileno, chileno”: o renascimento de Ronnie Fernández, que faz a sua terra natal na Libertadores

Ronnie Fernández é o gênio e o astro do surpreendente Bolívar, que eliminou o Athletico Paranaense de Arturo Vidal da Libertadores nos pênaltis na noite de terça-feira. O atacante do Bolívar, que marcou dois gols no jogo de ida e foi substituído aos 86 minutos do segundo tempo, está vivendo um renascimento futebolístico na equipe de Beñat San José após uma passagem difícil pela Universidad de Chile.

Apesar de se ter tornado capitão dos “Blues”, acabou por sair pela janela, depois de uma discussão com Cristóbal Campos. Mauricio Pellegrino não o levou em conta para este 2023, depois de ter marcado apenas cinco golos em 32 jogos durante 2022, considerando o Campeonato Nacional e a Copa Chile.

Hoje, seus números na equipe boliviana, na qual ele está tendo sua segunda experiência, são muito mais prolíficos. Com 11 golos em 16 jogos, está entre os melhores marcadores da divisão profissional daquele país, conhecida como Liga Tigo, onde só é ultrapassado por quatro jogadores e onde a sua equipa está em terceiro lugar na tabela.

No entanto, a consagração do jogador nascido em Punta Arenas tem sido no principal torneio continental de clubes, onde os “altiplánicos” já estão instalados nos quartos de final, à beira de igualar as suas melhores prestações históricas, as meias-finais de 1986 e 2014. Nesta campanha, o avançado crioulo tem sido fundamental.

Para além dos dois golos que marcou contra a equipa do “Rei” nos oitavos de final, marcou mais dois contra o Barcelona do Equador na fase de grupos, um em casa e outro fora. O antigo jogador do Santiago Wanderers é também um dos melhores marcadores da competição internacional, marcando entre brasileiros, argentinos, colombianos e uruguaios.

Para os torcedores do Bolívar, Fernández é uma referência, que já havia se destacado em sua primeira passagem pelo clube, em 2017, e agora aumentou ainda mais seu status. “É uma daquelas poucas sequências que, desde o enredo, são melhores do que as primeiras partes, sem contar que em sua primeira etapa ele foi muito bem-sucedido e deixou a barra muito alta”, comenta Diego Gonzales, jornalista da Página 7, que acrescenta que “desde o anúncio de sua chegada, os torcedores se lembraram novamente daquele jogador agressivo e incansável, que encantou o público boliviano que alguns anos antes o dispensou com lágrimas nos olhos”.

O comunicador conta como as pessoas tratam Ronnie quando jogam em casa. Este ano, desde que ele entrou em campo, nunca mais esqueceram o cântico de “chileno, chileno” que ecoa no estádio Hernando Siles. E ele, com a sua exibição, os seus golos e o seu carinho pela instituição, dá-lhes alegria”, explica.

Por fim, o escritor reafirma o papel do avançado como porta-estandarte. “Em termos de futebol, não há nada a reclamar. O seu estilo de jogo, a sua liderança e o seu espírito de equipa definem-no como um dos grandes líderes do Bolívar”, conclui.

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