Mulher denuncia ao Congresso Nacional que foi vítima de violação colectiva por uma dezena de cadetes da Cobreloa

A Comissão de Desporto da Câmara Baixa do Congresso Nacional decidiu informar a Associação Nacional de Futebol Profissional (ANFP), a Polícia de Investigação do Chile (PDI) e os Ministérios do Desporto, da Justiça e da Igualdade de Género, para que investigar a queixa apresentada na sessão de terça-feira por uma jovem contra uma dezena de futebolistas dos cadetes de Cobreloa, que ela acusou de terem abusado sexualmente dela em setembro de 2021.

Foi na sessão ordinária de terça-feira da comissão parlamentar que o caso foi apresentado, no qual a mulher alegou ter sido agredida por entre oito a 10 jogadores da equipa mineira “na residência dos jovens do clube em Calama”, segundo El Mercurio.

A queixa contra a Cobreloa

“Na sessão de ontem da Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, a jovem com iniciais V.J.N.V. denunciou ter sido estuprada por 8 ou 10 jogadores cadetes do Cobreloa em uma festa realizada em 18 de setembro de 2021″, relatou o imprensa nacionalque, além disso, “narrou os acontecimentos telematicamente e de cara tapada”, como pôde constatar Publimetro.cl.

O testemunho da vítima foi registado na ata da sessão parlamentar (“para analisar as queixas de violência e abuso sexual no Clube Desportivo de Cobreloa”) e, segundo apurou Publimetro.cl

O relatório foi descrito como “muito grosseiro” por várias pessoas presentes na sessão.

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Na apresentação da queixa aos deputados, estiveram também presentes a mãe de um jogador juvenil do Real Madrid (María Elena Saavedra), que ratificou a acusação da jovem, que na altura da agressão sexual tinha 18 anos; o advogado Rodrigo Toledo, e Paola Gutiérrez, segundo o relatório da 58ª sessão da comissão.

“A minha família não acreditou em mim, não me apoiou. A PDI teve muita influência, porque me disseram que, como eram figuras públicas, tinham melhores advogados do que eu, e que dificilmente eu ganharia”, foi parte do relato da vítima, que chegou a reconhecer que, após o crime, “saí de casa, porque havia muita pressão para que eu não continuasse (com a queixa)”.

Marcia Pereira

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