Jaime Pizarro rejeita a ideia de Cecilia Pérez sobre a utilização do Nacional: “Seria injusto estabelecer prioridades”.

Depois de algumas declarações enfáticas de Cecilia Pérez, atual vice-presidente da Azul Azul, sobre a utilização do Estádio Nacional e da casa da Universidad de Chile, Jaime Pizarro, Ministro do Desporto, deu a sua posição sobre o assunto e rejeitou o que foi levantado pela antiga responsável do Mindep no segundo governo de Sebastián Piñera.

“Seria injusto dar prioridade à utilização do Estádio Nacional a partir de agora. Não só a U, mas o futebol como atividade, tem de compreender que temos de ser capazes de criar condições para que todos possam utilizar o estádio. Como aconteceu nos Jogos Pan-Americanos. Do relvado, quando está a decorrer um jogo de futebol, ouvem-se os aplausos das pessoas que estão a ver ténis ou hóquei ao mesmo tempo”, afirmou o “Kaiser” em conversa com LUN.

“Obviamente que haverá alturas em que isso não poderá ser feito, mas essas devem ser a exceção. O Estádio Nacional agora é de todos”, continuou.

Na mesma entrevista, Pizarro observou que o Estádio Nacional, uma vez terminados os Jogos Pan-Americanos de 2023, será projetado como um espaço que acolherá eventos muito para além do desporto.

“O Estádio Nacional é um espaço onde o desporto será sempre a prioridade, mas estará obviamente aberto para receber outros eventos culturais, como a música. E não só. Ao ver a esplanada onde se realizou o Fiufest durante os Jogos Pan-Americanos, surgiu a ideia de talvez ter um espaço para food trucks, para que as pessoas possam vir com as suas famílias para simplesmente passear, comer e brincar. O Estádio Nacional agora oferece múltiplas possibilidades e temos que aproveitá-las. E é o IND que se encarregará de o fazer”.

O que disse Cecilia Pérez?

Quando se trata de projetar o que acontecerá com o Estádio Nacional após o término dos Jogos Pan-Americanos, Cecilia Pérez foi direta ao falar sobre as intenções do Azul Azul de que a Universidad de Chile retorne ao local de Ñuñoa de forma permanente.

“Espera-se que o Estádio Nacional seja o coração dos eventos desportivos e não o contrário, onde acabou por ser o coração dos eventos artísticos e culturais, que eu saúdo, mas que tiram um espaço ao futebol e a outros desportos”, afirmou numa entrevista à Radio ADN.

A La U não se acomoda a ninguém, o resto dos eventos têm de se acomodar à La U. Esta é uma das maiores equipas do país, para mim é a maior e a que tem mais adeptos”, afirmou enfaticamente.

“Não temos de andar a vaguear por todas as regiões sempre que temos de ser locais, pedindo autorização e quase implorando por perdão, quando o Estado tem de fornecer os recintos desportivos que foram construídos com o dinheiro de todos os chilenos”, acrescentou.

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