Uma situação muito confusa ocorreu na tarde de segunda-feira na fase de qualificação da prova de 100 metros planos femininos, com a atleta chilena María Ignacia Montt diretamente envolvida.
A corrida na pista de atletismo do Estádio Nacional parecia ter um final feliz para Montt, pois ela terminou em terceiro lugar com o tempo de 11,6, o que lhe permitiu se classificar para a final e, assim, disputar as medalhas.
Mas depois veio um momento complicado. Os organizadores decidiram que a corrida tinha de ser reiniciada devido a uma situação irregular. Até àquele momento, não havia qualquer clareza sobre o que tinha acontecido.
Dez minutos depois, houve uma segunda tentativa, mas desta vez uma falsa partida interrompeu a competição. Os atletas só conseguiram avançar alguns metros.
A terceira tentativa seria a definitiva e aí María Ignacia Montt terminaria em quinto lugar, com um tempo de 11,84, o que a deixou finalmente fora da final dos 100 metros rasos femininos em Santiago 2023.
O que aconteceu nessa primeira tentativa falhada, quando a chilena terminou em terceiro lugar, é que houve uma recolha errónea de uma falsa partida, ou seja, não houve responsabilidade por parte dos atletas nessa situação.
Perante toda esta confusão, María Ignacia Montt fez uma declaração forte contra a organização. “Já me aconteceram muitas coisas, mas correr duas vezes em tão pouco tempo, nunca”, disse.
Sobre o que aconteceu na primeira corrida, a atleta da Team Chile comentou que “senti-me bem, senti que era falsa e que ia parar, mas vi que todos estavam a correr e continuei”.
Continuando com a sua defesa, Montt disse que “a questão da falsa partida é invulgar, é um erro da organização e não pode acontecer numa competição deste nível. É uma desilusão que num campeonato tão grande estas coisas aconteçam. Não estava à espera que isto me acontecesse nos Jogos Pan-Americanos em casa”.