O representante de Endler e Canales desmente a versão da ANFP sobre a confusão dos guarda-redes: “Passa-se algo de estranho”.

Depois de as vermelhas femininas terem ficado sem guarda-redes para disputar a final dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, da ANFP garantiu que este acontecimento insólito não se deveu a uma má gestão, mas sim a uma falha de um clube, neste caso o Valência de Espanha..

De acordo com a versão dada por Rodrigo Robles, diretor de selecções da ANFP, sabia-se de antemão que Christiane Endler não estaria para um eventual duelo de medalhas em Santiago 2023, pelo que se previa que Antonia Canales disputasse esse compromisso. No entanto, a jovem guarda-redes teve de regressar a Espanha por ordem do seu clube.

Segundo a ANFP, isto aconteceu porque o Valência sofreu uma lesão na sua guarda-redes titular, pelo que foi obrigado a contar com Canales. Desta forma, o que tinha sido acordado anteriormente não foi respeitado.

No entanto, o representante de Antonia Canales, Edgar Merino – que também é agente de Christiane Endler -, desmentiu esta versão da ANFP. “Para esclarecer que tanto Endler como Canales não tinham autorização para além do prazo da data FIFA. Na verdade, os bilhetes já estavam comprados para os dois jogadores”, disse o empresário em conversa com Rádio Cooperativa

.

“Esta coisa de a federação culpar o clube (de Canales, Valência de Espanha), dizendo que não respeitaram um acordo de cavalheiros, é absolutamente falsa, nunca houve um acordo nem um telefonema formal da seleção nacional, a não ser ontem (quarta-feira), quando o incêndio já tinha começado, a tentar dizer que iam emprestar a Antónia”, continuou.

Merino sublinhou que “sempre se soube (que nenhum dos dois estava disponível), não sei se esconderam informação da equipa técnica ou o que aconteceu, porque há algo estranho. Todos sabíamos que era até dia 31, fez-nos barulho, mas a mensagem da Federação foi que iam resolver o assunto”.

Além disso, o agente dos guarda-redes de La Roja acusou a ANFP de pressionar Antonia Canales a permanecer no Chile sem a correspondente autorização do seu clube.

“Houve conversas com ela a pedir-lhe que ficasse, o que é um momento histórico e único na sua carreira, claramente tentaram coagi-la emocionalmente e pressioná-la nesse sentido. Ela disse que sem a autorização do clube não ia ficar, estavam a pressioná-la para fazer algo incorreto a nível regulamentar”, afirmou.

Marcia Pereira

Recent Posts

Investigação sobre golpe coloca militares e entorno de Bolsonaro sob pressão

Após a entrega do inquérito ao STF, cresce o receio de novas delações envolvendo militares…

2 meses ago

Lula defende otimismo e critica juros durante evento em Brasília

Presidente afirma que não há razão para pessimismo e volta a cobrar mudanças na política…

2 meses ago

Fortaleza e Apodi disputam a maior premiação da história do Futsal Brasileiro

Premiação recorde e disputa acirrada marcam a final do Campeonato Brasileiro de Futsal 2024. O…

2 meses ago

Rússia lança ataque histórico com drones contra a Ucrânia; infraestruturas cruciais atingidas

Ataque aéreo com 200 drones é o maior registrado, provocando danos significativos em infraestruturas e…

2 meses ago

Relatório da PF sobre golpe de Bolsonaro: O que você precisa saber

Relatório da PF revela como o ex-presidente Bolsonaro tentou manipular o poder, além de planos…

2 meses ago

Maduro contestado: Oposição leva atas eleitorais ao Congresso com vitória de González

Oposição apresenta documentos que indicam vitória de Edmundo González, com apoio de observadores internacionais, em…

2 meses ago

This website uses cookies.