Necessidade urgente de reafirmar a paternidade recente, contra um Paraguai que conhece reveses dolorosos

Com a obrigação de conquistar pelo menos três pontos neste duplo encontro das eliminatórias sul-americanas, Eduardo Berizzo fará boa parte de sua continuidade na seleção chilena esta noite, quando sua equipe recebe o Paraguai no estádio Monumental. O técnico nascido em Córdoba enfrentará um adversário que conhece muito bem, já que o treinou e também o enfrentou como assistente de Marcelo Bielsa.

O processo de “El Loco”, que foi brilhante, teve um ponto de viragem precisamente contra os “Guaraníes”, que foram capazes de bater duramente a “La Roja” em casa em duas ocasiões. Em 2007, venceram por um expressivo 3-0 no Nacional, num dia em que os adeptos locais acabaram por torcer pela sua própria equipa.

Depois disso, vieram as vitórias na Bolívia e na Venezuela, onde Rosarino mudou radicalmente a escalação. O resultado já é conhecido: um histórico segundo lugar nas eliminatórias para a África do Sul 2010.

A história que teve o mesmo placar, mas não um final feliz, foi a do caminho para a Rússia 2018. Em 2017, a equipa de Juan Antonio Pizzi estava muito bem cotada para o apuramento, depois do vice-campeonato na Taça das Confederações, mas a “Albirroja” voltou a surpreender com uma vitória por 3-0, com Arturo Vidal, que chegou com o bicampeonato da Copa América, e com Alexis Sánchez a pensar na sua frustrada transferência para o Manchester City.

Os pontos perdidos custaram caro, pois a “Equipa de Todos” perdeu em La Paz e o caminho tornou-se mais difícil. Foi o golpe mais doloroso para a “Geração de Ouro”, que chegaria à Copa do Mundo da Eslováquia com dois títulos continentais e um terceiro campeonato mundial consecutivo.

Para além das duas derrotas acima mencionadas, a seleção nacional tem um registo recente de paternidade contra a equipa paraguaia. No caminho para o Qatar 2022, venceu por 2-0 em casa (golos de Ben Brereton e Mauricio Isla, com “Toto” no banco “Guarani”) e por 1-0 fora (golo olímpico de “Maravilla”).

O precedente mais recente é de março deste ano, em Macul, onde o Chile venceu por 3 a 2, na primeira vitória dos argentinos. Assim como naquele dia, hoje o treinador precisa de uma vitória em Pedrero para consolidar sua posição.

Marcia Pereira

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