O quadro de qualificação foi repartido: os cálculos dos que estão em atraso para se qualificarem para os play-offs

As eliminatórias sul-americanas estão a entrar numa longa pausa. Após as seis primeiras rondas, serão necessários quase 10 meses para retomar o caminho para o Campeonato do Mundo de 2026, onde muita água vai correr debaixo da ponte.

Para começar, a Anfp deve definir o novo treinador, que entretanto terá de assumir o comando da Copa América de 2024, nos Estados Unidos. Antes disso, haverá duas datas Fifa para se preparar para esse torneio, em março e junho.

Só então as eliminatórias retornam e, com um terço do caminho percorrido, já mostram uma tendência clara de quem pode se classificar diretamente ou aspirar à repescagem. A seleção chilena está neste último grupo.

A classificação praticamente se dividiu em duas, com Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Equador e Brasil de um lado. Em termos históricos, a “Verdeamarela” deve se recuperar em algum momento, enquanto a grande dúvida é se a “Vinotinto” será capaz de manter este bom começo.

As quatro últimas equipas, Paraguai, Chile, Bolívia e Peru, estão numa luta à parte, todas elas com um arranque inesquecível, todas com menos pontos do que jogos disputados. Considerando que três estão eliminadas e que ainda faltam 12 jogos, a repescagem parece ser o objetivo ao alcance dessas seleções.

Desde que o formato atual é jogado com os 10 países em competição – no caso da França 1998 e do Brasil 2014, o “Scratch” não estava em competição por ser campeão e anfitrião, respetivamente – o sétimo lugar tem oscilado entre os 18 e os 24 pontos. Por outras palavras, poder-se-ia estimar uma média de 21, sobretudo tendo em conta as baixas pontuações dos países mais atrasados.

A história e o realismo indicam que a Roja poderia muito bem terminar a primeira fase com apenas oito pontos. Aos atuais cinco pontos podem ser somados os hipotéticos três contra a Bolívia em Santiago, considerando que os outros dois jogos restantes são contra as potências continentais Argentina fora e Brasil em casa.

Assim, na desforra, a seleção nacional teria de somar cerca de 13 pontos para aspirar aos play-offs. Nesse cenário, a seleção seria obrigada a se fazer respeitar em casa contra pelo menos Venezuela e Equador, garantindo seis pontos.

De onde podem vir os sete pontos positivos restantes? Sempre com base nos resultados históricos recentes, a “Seleção de Todos” deve buscar duas vitórias nas partidas em solo peruano, paraguaio ou boliviano, além de um empate contra o Uruguai, por exemplo.

Ainda estamos no começo e já temos a calculadora.

Marcia Pereira

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