O representante de Juan Reynoso afirma que “Cabezón” não se vai embora: “Não quer ser julgado pelos resultados”.

Faz-se a conta. Uma liderança questionada e os piores resultados de qualquer país sul-americano nas eliminatórias para 2026. De 18 pontos possíveis, apenas dois. Apenas um golo marcado em seis jogos internacionais. A direção da Juan Reynoso como Diretor Técnico do Peru está há muito tempo na penúria. E apesar do que a FPF e o povo querem, o “Cabezón” não se vai embora.

As declarações do seu agente, Mathías Fariña, são a gota de água. O contrato de Juan Reynoso não estabelece cláusulas de resultados. Pode ser que sim, não seria novidade, mas a dignidade conta. “Dialogámos em boas condições com a FPF, mas não falámos em rescindir o contrato”, diz Fariña ao PBO Campeonísimo.

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Uma situação que não está longe de ser complexa, porque na quarta-feira, 22 de novembro, fontes da FPF garantiram a todos os meios de comunicação social locais que Reynoso estaria de saída. O pedido de Juan Carlos Oblitas, diretor das selecções nacionais, foi feito diretamente à direção. A queixa já estava na secretária de Agustín Lozano.

Apesar de tudo, Fariña diz que não. Que quando acordaram o contrato falaram de uma permanência “a longo prazo” para Reynoso. “O que foi acordado no contrato foi um processo a longo prazo e que não ia ser julgado pelos resultados e pelo clamor popular. Para os jogadores há uma luz ao fundo do túnel e isso é o que importa para Juan”, disse.

“Compreendo o desconforto das pessoas”.

Fariña compreende “o incómodo das pessoas”. Os adeptos peruanos terão de se contentar com o mesmo treinador que não deu qualquer alegria à seleção nacional. Apostar em um Juan Reynoso que chegou a falar mal dos seus próprios jogadores em público, criando desmotivação e desmoralização, parece muito arriscado.

“Ele não vai sair do barco”, diz Fariña. A não ser, claro, que a FPF rescinda unilateralmente o contrato e afrouxe o dinheiro. “A FPF pode rescindir o contrato unilateralmente e cumprir o contrato. Queremos que respeitem o que foi acordado, que é um projeto. Todas as pessoas envolvidas sabiam o que estava acordado, por escrito. Foi aprovado por toda a gente na federação”, disse.

A saída de Reynoso, a incorporação de um novo diretor técnico e o início dos trabalhos no intervalo de 10 meses, é o que as pessoas pedem. Mas, ao trazer Reynoso, foi-lhe garantido que “o projeto iria até à fase final”, o que não se sabe.

Marcia Pereira

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