Elogio ao “herói das mochilas” que enfrentou o homem que esfaqueou 4 crianças em França

Os meios de comunicação social em França elogiaram-no e referem-se a este jovem como o “herói da mochila”.

Henri, 24 anos, foi filmado a confrontar e a perseguir com um saco pesado o homem suspeito de ter esfaqueado quatro crianças num parque perto do lago Annecy, no sul do país, na quinta-feira.

O peregrino católico, que tem estado a percorrer as catedrais de França, disse que seguiu o seu instinto e fez o que pôde para “proteger os fracos”.

O presidente francês Emmanuel Macron elogiou-o pela sua bravura quando os dois se encontraram na sexta-feira.

Macron disse a Henri que as suas acções eram uma “fonte de esperança”, mas que o jovem tinha “sobrevivido a um trauma”.

O Presidente viajou para se encontrar com as vítimas dos esfaqueamentos e para prestar homenagem aos socorristas pelo seu trabalho.

O Presidente da República disse ter ouvido notícias “positivas” sobre o estado das quatro crianças feridas no ataque, que também feriu dois adultos.

#MerciHenri

As imagens do ataque e do que aconteceu imediatamente a seguir parecem mostrar Henri a balançar uma das suas mochilas contra o atacante, que por sua vez tentou agredi-lo.

Os meios de comunicação social em França referem-se a Henri como “o herói das mochilas”.

Outro vídeo mostra Henri a perseguir o homem que estava armado com uma faca numa zona relvada.

A frase #MerciHenri (obrigado Henri) começou a fazer furor nas redes sociais, ao que o jovem respondeu com uma mensagem no Instagram: “Rezem pelas crianças, eu estou bem“.

Henrique recebeu mensagens de agradecimento, não só pelos seus actos, mas também pela sua aparente modéstia.

Entrevistado na televisão na sexta-feira, Henri disse: “Tudo o que sei é que não estava lá por acaso.

Explicou que era “impensável não fazer nada…. Segui o meu instinto e fiz o que pude para proteger os mais fracos”.

Henri, que não quis revelar o seu apelido, é licenciado em administração.

Numa outra entrevista, na sexta-feira, disse que não era o único civil a colocar-se em risco e que tinha “agido como qualquer francês”.

“Muitas outras pessoas intervieram o melhor que puderam. Vi um funcionário do parque tentar atingir o agressor com a sua grande pá de plástico”, disse.

O pai de Henri acredita que as acções do filho impediram o agressor de ferir mais pessoas.

Em declarações à agência noticiosa Associated Press, Henri disse que o seu filho “impediu uma carnificina, assustando-o [al atacante]. Realmente muito corajoso.

Poucos dias antes do atentado, Henri foi entrevistado pelo jornal Dauphiné Libéré a propósito da sua viagem de nove meses pelas catedrais de França, que tencionava realizar a pé e à boleia.

É citado como tendo comentado o seu truque de bater à porta ao acaso perto das catedrais para tentar encontrar alojamento. “Obriga-nos a abrirmo-nos às pessoas”, explicou.

Comentando a sugestão de que o suspeito dos ataques de quinta-feira também se identifica como cristão, Henri disse que é “profundamente anti-cristão atacar os vulneráveis”.

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