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Oito candidatos concorrem à presidência do Equador.

Oito candidatosincluindo empresários e antigos membros do Congresso, registaram-se para participar nas eleições gerais antecipadas a realizar em Equador O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou na terça-feira que a eleição terá lugar a 20 de Agosto, depois de o Presidente Guillermo Lasso ter dissolvido o Congresso.

No seu mais recente balanço sobre as candidaturas, o órgão máximo eleitoral afirma ter recebido oito pedidos de registo de candidatos, o que completou o registo de 100 por cento dos candidatos que tinham sido eleitos nas primárias dos vários partidos políticos.

O primeiro a registar-se foi o empresário Daniel Noboa (à direita), filho do magnata Álvaro Noboa, que se candidatou à presidência por cinco vezes.

Outros empresários que entraram na corrida são Jan Topic, ligado a empresas de segurança e telecomunicações e antigo atirador da legião estrangeira francesa, e Xavier Hervas, que participou nas eleições anteriores.

Otto Sonnenholzner, que foi vice-presidente de Lenín Moreno (2017-2021) entre Dezembro de 2018 e Julho de 2020, também se inscreveu.

O líder indígena Yaku Pérez, que ficou em terceiro lugar nas eleições de 2021, procurará novamente o cargo de chefe de Estado. Por seu lado, o partido ligado ao influente ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) registou o ex-congressista Luisa Gonzalezque é a única mulher candidata à presidência.

Pela primeira vez nestas eleições, os partidos foram obrigados por lei a apresentar dois candidatos, um homem e uma mulher.

Lasso decidiu não participar

Os outros candidatos são Fernando Villavicencio, jornalista, antigo dirigente sindical, antigo deputado e duro crítico do correísmo, e Bolívar Armijos, advogado e antigo dirigente de um conselho do governo local.

O Equador vai realizar eleições gerais antecipadas para completar o actual mandato, que termina em 2025, após a dissolução do Congresso por Guillermo Lasso.

O impopular governante de 67 anos decidiu não participar nas próximas eleições, argumentando que iria dedicar os seus últimos meses à frente do executivo a tentar cumprir os objectivos do seu governo.

Para além do Presidente, os equatorianos terão de eleger 137 representantes para o poder legislativo, que tradicionalmente tem pouca credibilidade.

Na mesma data das eleições gerais, realizar-se-ão duas consultas populares, promovidas por grupos ambientalistas que pretendem travar a exploração petrolífera e mineira em duas zonas declaradas reservas da biosfera.

Equador vai decidir se deixa no solo o petróleo do bloco ITT (Ishpingo, Tiputini e Tambococha), situado na região amazónica de Yasuní, uma das zonas mais ricas em biodiversidade do planeta e onde vivem populações em isolamento voluntário.

Por outro lado, os habitantes de Quito, uma cidade de três milhões de habitantes, decidirão se devem ou não ceder à exploração mineira em qualquer escala no Chocó andino (a noroeste da capital equatoriana), onde vive o urso-de-óculos, ameaçado de extinção.

Marcia Pereira

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