O governador de Voronezh, Alezandr Gusev, informou no domingo (25.06.2023) que a passagem das forças do grupo de Mercenários Wagner que atravessam a região de regresso às suas bases, está a chegar ao fim, depois de o chefe do exército privado, Yevgeny Prigozhinalcançou um acordo com as autoridades de Moscovo para pôr fim à revolta.
“A passagem das unidades do Exército Privado Wagner através do território da região de Voronezh”, escreveu a autoridade no seu canal Telegram. Segundo Gusev, a passagem dos mercenários, que chegaram a 200 quilómetros de Moscovo no sábado, no decurso do seu motim, “decorre normalmente e sem excessos”.
“Após a resolução final desta situação, levantaremos as limitações implementadas”, disse o governador, que avançou com medidas para aliviar e compensar os danos. “Agradeço a todos os habitantes de Voronezh pela sua resistência, estoicismo e bom senso, e a todos os agentes da lei e entidades envolvidas pelo trabalho coordenado e profissionalismo”, concluiu.
Hoje areia, amanhã asfalto
Da mesma forma, as regiões através das quais as colunas mercenárias avançaram em direção à capital russa dão conta do restabelecimento progressivo do tráfego nas estradas, bloqueadas no dia anterior por camiões ou valas. O serviço de imprensa do governador de Lipetsk informou que “o tráfego foi restabelecido em todas as secções” da estrada.
“Onde foi necessário, a areia e o cascalho foram preenchidos. Amanhã o asfalto será restaurado”.A administração local declarou. Na sua tentativa de travar o avanço das tropas, várias administrações destruíram as estradas ou abriram valas.
O líder russo Vladimir Putin chamou à revolta uma “traição” e foi apenas através da mediação do seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, que se chegou a um acordo com Prigozhin que pôs fim à revolta.