A comunidade LGBTIQ+ de El Salvador juntou-se este sábado (24.06.2023) às celebrações do Dia Internacional do Orgulhoque é celebrado mundialmente a 28 de junho, com uma marcha para San Salvador.
Centenas de pessoas, que se reuniram perto da Universidade Estatal de El Salvador (UES), percorreram as principais ruas da capital numa marcha que terminou na Plaza de la Constitución. Salvador del Mundo.
Durante a visita, grupos de participantes exigiram respeito, o cumprimento dos seus direitos, o fim da discriminação e a rápida aprovação de uma lei de identidade de género.
“Não vamos recuar nem mais um passo na exigência e na reivindicação dos nossos direitos”, disse à agência EFE a ativista trans Bianka Rodríguez, também dirigente da Asociación Comunicando y Capacitando Mujeres Trans (CONCAVIS Trans).
“É um orgulho participar neste desfile como mulher trans”, comentou a EFE Geisel Portillo, que carregava uma grande bandeira com as cores da diversidade. Portillo, uma mulher trans de 40 anos, pediu à sociedade salvadorenha “menos discriminação e mais inclusão por parte do governo”.
Há anos que os grupos LGBTIQ+ pedem uma lei de identidade de género que lhes permita mudar o nome de acordo com o género com que se identificam.
Em fevereiro de 2022, a Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça ordenou ao Congresso, numa decisão, que “emitisse a reforma necessária para prever as condições que devem ser cumpridas por qualquer pessoa que deseje alterar o seu nome para que este seja compatível com a sua identidade de género”.
Os magistrados constitucionais concederam às bancadas legislativas o prazo de um ano para que esta reforma fosse adoptada. Lei sobre o nome da pessoa singularO prazo já expirou e no Congresso – dominado pelo partido no poder – a questão não foi abordada.