Estados Unidos, União Europeia, Japão e outros países pediram “assistência” à China para evitar que a Coreia do Norte evite as sanções da ONU sobre o petróleo utilizando as águas territoriais chinesas, segundo uma carta dada a conhecer à AFP na sexta-feira.
Na missiva, os embaixadores destes países junto da ONU pedem “a assistência” do seu homólogo chinês, Zhang Jun, “para impedir as actividades marítimas (da Coreia do Norte) que procuram contornar as sanções impostas pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU”.
“Em particular, estamos preocupados com a presença repetida de vários navios-tanque” identificados pelo painel de sanções da ONU “utilizando as suas águas nacionais na Baía de Sansha como um porto seguro para facilitar o seu comércio de produtos petrolíferos sancionados” para a Coreia do Norte, diz a carta.
A carta é assinada por. os embaixadores junto da ONU Austrália, Canadá, França, União Europeia, Alemanha, Itália, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
O documento especifica que serão enviadas imagens de satélite que mostram que “estas práticas continuaram na jurisdição da China”. em 2022 e 2023.
“Reiterámos o nosso pedido anterior à China para inspecionar os navios para descobrir provas de tráfico ilegal de petróleo“e a “expulsar” esses navios das suas águas “o mais rapidamente possível”, caso regressem à baía de Sansha.
A Coreia do Norte está sujeita a sanções internacionais desde 2006.que foram reforçadas três vezes em 2017.
As medidas desse ano, adoptadas por unanimidade no Conselho de Segurança para obrigar Pyongyang a suspender os seus programas de armas nucleares e balísticasAs importações de petróleo da Coreia do Norte, em particular, são limitadas.
Desde 2017, o Conselho não conseguiu chegar a uma posição unânime.
maio de 2022, China e Rússia vetaram uma resolução que impunha novas sanções contra Pyongyang e, desde então, não foi adoptada qualquer resolução ou declaração do Conselho, apesar dos múltiplos lançamentos de mísseis norte-coreanos, o último dos quais no sábado.