A nAve não tripulada indiana chegou com sucesso à lua na quarta-feira, perto do seu pólo sul pouco explorado, naquilo que o primeiro-ministro do país descreveu como um “dia histórico”.
O navio “Chandrayaan-3 aterrou com sucesso na Lua”, anunciou a Organização de Investigação Espacial Indiana (ISRO) na sua sede, entre aplausos dos engenheiros.
A missão à lua é um momento histórico para o país mais populoso do mundo, que está a tentar rapidamente reduzir a distância em relação a outras potências com um programa espacial de baixo custo.
“A Índia tem como objetivo a Lua”, titulava The Times of India na quarta-feira. “É o dia da Missão Lua”, dizia The Hindustan Times.
Não é uma tarefa fácil. Uma tentativa anterior da Índia falhou em 2019 e, apenas alguns dias atrás, a primeira missão russa à Lua em quase 50 anos acabou caindo na superfície.
Programa de baixo custo
A missão descolou há quase seis semanas, perante milhares de espectadores entusiasmados, mas demorou muito mais tempo a chegar à Lua do que o programa Apollo dos EUA nas décadas de 1960 e 1970, que chegou ao satélite em poucos dias.
A Índia utiliza foguetões menos potentes do que os utilizados pelos Estados Unidos na altura, pelo que têm de orbitar a Terra várias vezes para ganhar velocidade antes de traçar uma rota para a Lua.
O módulo de aterragem lunar Vikram, sânscrito para “coragem”, separou-se do módulo de aterragem na semana passada e tem enviado imagens da superfície lunar desde que entrou em órbita a 5 de agosto.
Um dia antes do momento da aterragem lunar, a ISRO afirmou que tudo estava a correr como previsto. “A navegação continua sem problemas”, declarou a agência na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.
A Índia tem um programa aeroespacial de baixo custo em comparação com outras potências, mas tem crescido significativamente desde que enviou a sua primeira nave espacial para a órbita da lua em 2008.
O orçamento para esta missão é de 74,6 milhões de dólares, muito abaixo dos de outros países.