Segunda volta. Mais de 13 milhões de equatorianos foram hoje às urnas na segunda volta das eleições presidenciais que opuseram o empresário Daniel Noboa, da coligação de direita Accíón Democrática Nacional, à candidata do movimento de esquerda Revolución Ciudadana, Luisa González, apoiante do antigo Presidente Rafael Correa.
“Muerte cruzada”. Estas reuniões tiveram lugar depois de o Presidente Guillermo Lasso ter decretado, em maio passado, no meio de uma profunda crise política, a chamada “cruzada da morte”, com a qual dissolveu a Assembleia (Parlamento) e convocou eleições gerais. O vencedor tomará posse em dezembro próximo e governará até maio de 2025, altura em que termina o mandato original de Lasso.
Resultados das eleições. De acordo com mais de 81% dos votos contados, Noboa obteve 52,16% dos votos contra 47,84% dos votos da candidata Correista Luisa González, com o que o candidato de direita se tornará o presidente eleito do Equador, segundo a imprensa do país.
Presidente aos 35 anos. Daniel Noboa tem 35 anos, o que faz dele o presidente mais jovem da história do Equador. O novo presidente é filho de Álvaro Noboa, um empresário do sector da banana e um dos homens mais ricos do Equador, que se candidatou sem sucesso à presidência quatro vezes entre 2002 e 2013.
Ao contrário do que fazem habitualmente os candidatos presidenciais, Noboa aguardou os resultados numa casa de praia em Olón, um local remoto na costa equatoriana, onde chegaram familiares, amigos e alguns membros da sua campanha e do seu partido.
Grande afluência às urnas. O dia terminou com uma afluência às urnas de 82,33%, “um valor que se mantém nos processos eleitorais históricos do nosso país”, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O voto é obrigatório no Equador.
Crime de candidato. As eleições foram marcadas pelo assassinato do candidato presidencial do Movimento Construye, Fernando Villavicencio, a 9 de agosto, apenas 11 dias antes da primeira volta das eleições.