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Seleção do grande júri para acusar Donald Trump

O grande júri que irá avaliar se o antigo Presidente dos EUA Donald Trump (2017-2021) é acusado de tentar anular a vitória dos democratas. Joe Biden no estado da Geórgia em 2020 foi eleito na terça-feira (11.07.2023).

A CNN disse que o grupo foi nomeado após um processo de seleção de três horas em Atlanta, a capital do estado.

No total, são 52 pessoas divididas em dois grupos, cada um com 23 jurados e 3 suplentes, que se reunirão separadamente duas vezes por semana durante 2 meses.

Apenas um dos dois grupos será responsável pela aprovação da eventual acusação e a sua decisão poderá ser conhecida já no próximo mês de agosto.

Para que a acusação seja validada, 16 dos 23 membros devem estar presentes e pelo menos 12 deles devem votar a favor, disse a CNN.

O caso examina se Trump e outros cometeram crimes ao fazer lobby com políticos no estado em relação aos resultados das eleições presidenciais de 2020.

Várias acusações contra Trump

Parte dos inquéritos centrou-se no telefonema que Trump fez em janeiro de 2021 ao secretário da Geórgia, Brad Raffensperger, no qual lhe pediu para “encontrar” milhares de votos a seu favor nesse Estado, onde Biden ganhou.

Trump já tinha sido acusado em junho passado perante um tribunal de Miami (Florida) por retenção ilegal de segredos de Estado, obstrução à justiça e conspiração, entre outros crimes. Foi a primeira vez na história do país que um antigo presidente foi acusado de crimes federais e essa acusação surgiu em plena campanha presidencial para as eleições presidenciais de 2024.

O antigo Presidente tinha também sido acusado em março, num tribunal de Manhattan (Nova Iorque), de ter efectuado pagamentos irregulares para silenciar o a atriz porno Stormy Daniels durante a sua campanha eleitoral de 2016. Esta foi a primeira acusação criminal de sempre contra um antigo presidente dos EUA, neste caso a nível estatal.

Por outro lado, em 9 de maio, após um julgamento civil, um júri condenou Donald Trump a pagar 5 milhões de dólares de indemnização à escritora Jean Carroll por ter abusado sexualmente dela há anos e depois tê-la difamado quando ela denunciou publicamente os factos.

Marcia Pereira

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