Rússia acusa a Ucrânia de utilizar mísseis balísticos americanos contra suas forças

Rússia alega que a Ucrânia usou mísseis ATACMS pela primeira vez, enquanto Putin altera doutrina nuclear em resposta.

Na terça-feira (19), o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que a Ucrânia realizou seu primeiro ataque com os mísseis balísticos ATACMS, fabricados nos Estados Unidos. O ataque ocorreu no mesmo dia em que a guerra no leste europeu completou mil dias.

De acordo com o relatório do governo russo, a ofensiva atingiu o território da região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia. Embora cinco dos mísseis tenham sido interceptados pelas defesas aéreas russas, um sexto conseguiu atingir um recinto militar, sem causar vítimas ou danos graves.

A ação aconteceu por volta das 3h25 da madrugada. O relatório russo detalhou que os mísseis ATACMS foram abatidos pelas sofisticadas baterias antiaéreas S-400 e Pantsir. Um incêndio foi registrado no local, mas foi rapidamente controlado pelas equipes de resgate.

A aprovação dos EUA para o uso de mísseis

O uso dos mísseis ATACMS foi autorizado recentemente pelos Estados Unidos. Segundo fontes de jornais americanos, como The Washington Post e The New York Times, o presidente Joe Biden deu permissão para Kiev empregar esses mísseis de longo alcance contra alvos específicos no território russo.

No entanto, a autorização limita os ataques à região de Kursk, parcialmente ocupada pelas forças ucranianas. A região de Bryansk, onde ocorreu o ataque, fica ao norte de Kursk, sendo uma área de estratégica importância no conflito. As forças russas também têm reforçado sua presença na região, com a presença de soldados norte-coreanos.

Mudanças na doutrina nuclear russa

Em resposta à escalada do conflito, o presidente Vladimir Putin assinou um novo decreto que altera a doutrina nuclear da Rússia. A partir de agora, a Rússia poderá usar armas nucleares em resposta a ataques convencionais que ameacem a soberania do país ou de seus aliados.

O novo decreto amplia o escopo de ações que podem levar a uma retaliação nuclear, incluindo agressões de coalizões militares.

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