Oposição apresenta documentos que indicam vitória de Edmundo González, com apoio de observadores internacionais, em disputa eleitoral com Maduro.
A oposição venezuelana segue buscando apoio internacional para questionar o resultado das eleições presidenciais de 28 de julho. Na última terça-feira (26), Gustavo Silva, aliado de observadores internacionais, entregou ao Congresso Nacional brasileiro um relatório com atas eleitorais da eleição.
As atas analisadas indicam uma vitória de Edmundo González sobre Nicolás Maduro. Segundo os documentos apresentados, os observadores tiveram acesso a 85% dos boletins de urna, conhecidos como “atas” no Brasil.
As informações mostram que González teria recebido 67% dos votos, enquanto Maduro ficou com 30%. Silva destacou o papel da comunidade internacional, com o Brasil desempenhando um papel crucial na busca por uma solução pacífica e democrática para a Venezuela.
Postura do Brasil e declarações de Lula sobre a eleição
Em suas declarações, Gustavo Silva agradeceu ao presidente Lula por não reconhecer oficialmente a vitória de Maduro, expressando seu apoio à oposição venezuelana.
“A resposta de Nicolás Maduro foi a repressão, e depois, a negação da vontade do povo venezuelano”, afirmou Silva, destacando que a Venezuela precisa de um processo eleitoral justo e transparente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que o Brasil não reconhece a vitória de Maduro, apontando que o líder venezuelano ainda deve explicações sobre o pleito. Ele pediu a divulgação completa das atas eleitorais antes de tomar qualquer decisão sobre o reconhecimento do resultado.
“Não posso afirmar que a oposição venceu sem os dados necessários, nem que Maduro venceu, pois também não tenho esses dados”, afirmou Lula.
O que esperar após as novas evidências?
A questão eleitoral segue gerando divisões entre os países da América Latina e além. Enquanto a oposição venezuelana luta por reconhecimento internacional, Maduro segue mantendo sua posição como presidente autoproclamado, em meio à crescente pressão pela transparência do processo eleitoral.
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