Relatório da PF revela como o ex-presidente Bolsonaro tentou manipular o poder, além de planos de assassinato e fuga.
O relatório da Polícia Federal sobre o plano de golpe orquestrado por Jair Bolsonaro revela detalhes preocupantes sobre as ações do ex-presidente e seus aliados. As investigações mostram como, após a derrota nas eleições de 2022, Bolsonaro e aliados buscaram maneiras de permanecer no poder.
Nos estratagemas do ex-presidente e seu círculo, estavam incluído tentativas de golpe de Estado, assassinatos de figuras chave e uma fuga planejada para os Estados Unidos. A seguir, destacamos os seis pontos principais desse relatório revelador.
1. O papel de Bolsonaro no golpe de Estado
A Polícia Federal (PF) esclareceu que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o responsável direto por planejar e executar um golpe de Estado para manter-se no poder após as eleições de 2022.
De acordo com o relatório, Bolsonaro teve controle direto das ações do grupo, que visavam abolir o Estado democrático de direito. No entanto, o golpe não se concretizou devido a fatores fora do controle do ex-presidente.
2. A tentativa de assassinato de Moraes
O plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes, que estava agendado para dezembro de 2022, foi abortado quando a cúpula do Exército se recusou a apoiar o golpe.
Segundo a PF, general Freire Gomes e outros comandantes mantiveram sua posição institucional, impedindo a execução do plano. Como resultado, o então presidente Jair Bolsonaro não assinou o decreto que daria início ao golpe.
3. Monitoramento de Lula e Moraes
Antes da posse de Lula em 2023, ele foi monitorado por militares das Forças Especiais. O plano envolvia o acompanhamento constante dos itinerários de Lula e do ministro Moraes, com o uso de recursos do Batalhão de Ações e Comando (BAC).
Esse monitoramento foi uma tentativa de desestabilizar a transição de poder e dificultar a posse do novo presidente eleito.
4. Tanques da Marinha prontos para ação
Em mensagens interceptadas, o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, foi descrito como um “patriota” com tanques prontos para ação. Essa informação foi compartilhada com o tenente-coronel Mauro Cid, o que reforça a intenção de alguns setores militares em apoio ao golpe.
A conversa deixou claro que o grupo envolvido estava disposto a usar forças militares para tentar derrubar o governo eleito.
5. O plano de fuga de Bolsonaro
Após não conseguir concretizar o golpe, Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos em dezembro de 2022. Segundo a PF, foi encontrado um plano de fuga no computador de um dos envolvidos, que já havia sido idealizado em 2021, mas adaptado no fim de 2022.
A fuga foi uma forma de garantir a segurança de Bolsonaro enquanto as tentativas de golpe ainda se desenrolavam.
6. O plano de apreensão de urnas
Outro ponto do relatório revela que havia um plano para apreender urnas eleitorais após as eleições de 2022. Em conversas interceptadas, Carlos Rocha, do Instituto Voto Legal, indicou que o objetivo era apreender urnas com erros significativos para questionar a legitimidade das eleições.
A intenção era realizar uma perícia forense nas urnas e criar uma base para alegações de fraude.
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